18 OUT | 18H00 | BATALHA CENTRO DE CINEMA - SALA 1 | 180’
(Masterclass em inglês)
Esta não é exatamente uma palestra, mas sim um discurso livre, um convite para uma viagem cinematográfica. Esta jornada começa com uma pergunta: qual é o objetivo de alguém que quer fazer um filme? Na minha opinião, não é a necessidade de transmitir uma informação. Para mim, o cinema tem um propósito diferente, semelhante ao da arte e da poesia - deve evocar, criar emoções, levantar questões. Nesse sentido, o desejo de construir uma “imagem” refere-se à possibilidade de filmar o visível para capturar o invisível. Ou seja, filmar o homem para se referir à humanidade, filmar o corpo para perceber a alma. No final, trata-se de filmar o “invisível”. E o que é mais invisível do que o sopro, que rege a essência da vida, não apenas na Terra, mas em todo o Universo? Os filmes são feitos de luz e som, e tentam reproduzir a vida. E para reproduzir a vida, precisam capturar o sopro do mundo. O sopro é um sinal de vida. Mas o sopro não é o mesmo para todos. Da mesma forma, cada filme deve encontrar o seu próprio sopro, misturando o sopro da vida real, capturado pela câmara e pelos microfones, com o sopro de quem está a filmar essa realidade. Assim, um filme está vivo se respirar com o seu próprio sopro. Nesta jornada, veremos diferentes sopros e diferentes formas de tentar filmar o “invisível”...
Programador de cineclubes, jornalista e crítico de cinema para revistas especializadas (Filmcritica, Cineforum, Duellanti) e jornais (La Stampa, Il Manifesto), fundou a revista Panoramiques, que administrou por vários anos. Escreveu monografias sobre Catherine Breillat, Robert Guédiguian, Clint Eastwood, Naomi Kawase, Nicolas Philibert, Les Films d'Ici e Sydney Pollack. Desde 1997, colaborou com numerosos festivais internacionais de cinema, incluindo o Festival Internacional de Cinema de Locarno e a Mostra Internacional de Arte Cinematográfica de Veneza. De 1999 a 2004, trabalhou como consultor e leitor de projetos para o Fundo Suíço Montecinemaverità. Em 2002, fundou o Alba Infinity Festival, onde atuou como diretor artístico até 2007. Em 2008, 2009 e 2011 foi tutor no Master Documental da Universidade Pompeu Fabra em Barcelona. De 2008 a 2010, foi diretor artístico do Festival dei Popoli em Florença. Entre 2011 e 2017, foi diretor do Visions du Réel em Nyon. Atuou como membro do júri em diversos festivais, incluindo Cannes (Caméra d'Or, 1997), Marselha (FID, 2000), Valladolid (Seminci, 2003), Buenos Aires (BAFICI, 2004), Lisboa (DocLisboa 2004), Pamplona (Punto de Vista, 2008), Tel Aviv (DocAviv, 2008), Paris (Cinéma du Réel, 2009), Yerevan (Golden Apricot International Film Festival, 2010), Jihlava (2010), Toronto (Hot Docs, 2011), Sderot (Cinema South Festival, 2011), Sarajevo (2011), IDFA Amesterdão (2011), entre outros. Atualmente, é produtor artístico e consultor internacional para mercados de cinema e festivais internacionais de cinema.