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SUMÁRIO 2016

FAMILY FILM PROJECT 2016

5º Festival internacional de filmes de família, etnografia e arquivo

09 a 13 de novembro | Rivoli e Passos Manuel | Porto 

 

Na sua 5ª edição, o festival internacional de cinema Family Film Project volta a propor um programa variado com sessões competitivas, eventos performativos, instalações, conferências e ciclos de cinema autoral com a presença de realizadores convidados.

O festival decorrerá no Teatro Rivoli e no Cinema Passos Manuel ao longo de cinco dias de programação – 9 a 13 de novembro de 2016 –, convidando, mais uma vez, à imersão no universo das paisagens familiares (mas também marginais) que definem, em plena era da imagem, o nosso imaginário e a nossa imagética.

João Canijo é o realizador convidado desta edição do festival, com projeção, nos dias 12 e 13 de novembro, das três longas-metragens mais recentes do autor: “Sangue do Meu Sangue” (2011), “É o Amor” (2013) e “Portugal – Um Dia de Cada Vez” (2015). O realizador estará presente no Porto no dia 12.

Sob o tema das “Formas Marginais”, o festival reforça, nesta edição, a sua aposta no experimental, no casual, no precário, mas também nos temas da exclusão, da não-pertença e da interdição.

As Formas Marginais são também tema da conferência do dia 10 de novembro na Faculdade de Letras, contando com a presença do filósofo italiano Mario Perniola, seguindo-se intervenções de João Sousa Cardoso, Miguel Leal, Né Barros e Filipe Martins, em parceria com o grupo Estética, Política e Conhecimento do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto.

Ainda no dia 10 de novembro realiza-se no Passos Manuel a Masterclass “Documentary Filmmaking – Heymann Brothers Films”, com o realizador israelita Barak Heymann.

Antes disso, no dia 9 de novembro, o festival terá a sua abertura no Rivoli com um evento performativo protagonizado pela atriz italiana Marika Pensa a partir do texto “Ventiquattrore” de Mario Perniola, que também estará em cena.

Tal como em anos anteriores, as sessões da programação competitiva dividem-se em três zonas temáticas: Vidas e Lugares (com enfoque no registo voyeurístico, biográfico ou documental de habitats e quotidianos), Ligações (centrada nas dinâmicas interpessoais e comunitárias) e Memória e Arquivo (dedicada a olhares criativos a partir de testemunhos e de found footage). Haverá ainda uma sessão competitiva autónoma dedicada à Ficção e Animação, com uma seleção de sete curtas-metragens, todas elas de diferentes nacionalidades.

Entre as obras em competição, destaque para as mais recentes longas-metragens dos irmãos Barak e Tomer Heymann (Israel), em estreia absoluta em Portugal: “Mr. Gaga” (2015), sobre o conhecido coreógrafo Ohad Naharin, e “Who’s Gonna Love me Now” (2016), sobre um ex-militar homossexual e seropositivo que procura reatar laços familiares. Destaque também para o multipremiado “La Laguna”, de Aaron Schock (2016, USA); para o também premiado “A Family Affair”, de Tom Fassaert (2015, Holanda); e para a longa-metragem “An unfinished film, for my daughter Somayeh” (2015, Irão), do realizador iraniano Morteza Payeshenas, que documenta os esforços para repatriar a sua própria filha, após esta se juntar a um grupo de recrutamento no Iraque. De Espanha, chegam-nos ainda os dois últimos projetos do realizador Xacio Baño, “Ser e Voltar” (2014) e “Eco” (2015), com abordagens peculiares sobre a memória e o espaço familiar.

As sessões competitivas reúnem, no total, duas dezenas de filmes de dezasseis nacionalidades (Alemanha, Bélgica, Eslováquia, Espanha, França, Holanda, Hungria, Irão, Israel, Polónia, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça, Turquia, USA), oferecendo uma paisagem absolutamente multicultural do panorama cinematográfico mundial. Do documentário à ficção, do experimental à instalação de vídeo, da curta à longa-metragem, os filmes acolhidos nesta edição formam um panorama eclético dos acessos possíveis à intimidade, à família, ao etnográfico e ao arquivo através do olhar cinematográfico. 

 

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