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SUMÁRIO 2018

15 a 20 de outubro | Porto | Passos Manuel e Maus Hábitos 

FAMILY FILM PROJECT 2018

7º Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Memória e Etnografia

O Family Film Project – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Memória e Etnografia – está de volta para a sua 7ª edição, com um programa renovado de sessões competitivas, masterclasses, eventos performativos e vídeo-instalações.

Com o seu tradicional enfoque nas paisagens familiares e no cruzamento entre a intimidade e o olhar etnográfico, o festival organiza-se, uma vez mais, segundo três zonas temáticas: Vidas e Lugares (com enfoque no registo voyeurístico, biográfico ou documental de habitats e quotidianos), Memória e Arquivo (dedicada a olhares criativos a partir de testemunhos e found footage) e Ligações (centrada nas dinâmicas interpessoais e comunitárias). Como sempre, reserva-se também um espaço ao género da ficção, com uma seleção competitiva de curtas metragens internacionais.

Provenientes das mais diversas nacionalidades, os filmes em competição estendem-se da curta-metragem à longa-metragem, do documentário ao experimental, da dimensão sensológica à crítica social, do registo intimista do “home-movie” às paisagens temáticas e etnográficas.

Daniel Blaufuks será o artista convidado desta 7ª edição. Com uma obra visual versada sobre a relação entre o público e o privado, entre a memória coletiva e a memória individual, Blaufuks traz-nos uma seleção de quatro filmes experimentais que serão apresentados pelo autor nas duas últimas noites do festival: “Sob Céus Estranhos” (2002), “The Absence” (2009), “Carpe Diem” (2010) e “Como Se” (2014).

Destaque ainda para a estreia no Porto da longa-metragem “Marias da Sé”, de Filipe Martins, um filme híbrido entre o documentário e a ficção, protagonizado pela comunidade local da Sé do Porto.

Os teóricos norte-americanos Bill Nichols e Paula Rabinowitz são os convidados das duas masterclasses programadas na edição deste ano: Bill Nichols, nome incontornável do pensamento contemporâneo sobre o cinema, com uma vasta obra que ajudou a estabelecer os estudos fílmicos como disciplina académica, convida-nos, na sua masterclass “In the Beginning”, a uma análise das cenas introdutórias nos filmes documentais e os modos como se articulam com a totalidade das respetivas obras, num jogo temporal onde o início se apresenta como final em potência e o final se resolve na sua capacidade de retornar ao início. Paula Rabinowitz, socióloga e historiadora com particular enfoque no papel do cinema, fotografia e outros media na sedimentação dos modernismos americanos do século XX, propõe-nos a masterclass “Cold War Dads: Fathers and the National Security”, onde explora, através do recurso a registos de memória, dois casos biográficos do seu próprio seio familiar, para uma contextualização mais alargada e transgeracional dos mecanismos sociais de construção identitária durante e após a segunda guerra mundial.

Será também apresentado, no dia 17 de outubro, o livro “Unframing Archives”, decorrente da conferência com o mesmo nome que teve lugar na edição de 2017 do Family Film Project. O livro resulta da já habitual parceria com o Balleteatro e o grupo de investigação Estética, Política e Conhecimento do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, reunindo textos de Andrzej Marzec, Bill Nichols, Catarina Mourão, Deirdre Boyle, Éfren Cuevas, Fernanda Fragateiro, Filipe Martins e Miguel Leal, sobre o cruzamento entre o cinema, as artes e o arquivo.

No bar Maus Hábitos, terá lugar o ciclo de performances “Private Collection”, com nomes como Joana Craveiro, Jorge Gonçalves e Miguel Bonneville.

Ao longo do festival, será também exibido, em permanência, um conjunto de vídeo-instalações concebidas a partir de filmes selecionados.

(ver vídeo)

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