Declaração do Júri:
«Surpreendeu-nos o modo como, através da reconstrução da cultura e da memória material, o filme especula ficções e emoções para criar uma narrativa sobre o que nos faz anónimos e esquecíveis. A protagonista, que teve um nome e história mas poderia continuar a existir sem ser lembrada, é resgatada de um esquecimento coletivo, sendo-lhe devolvida uma biografia através de uma investigação minuciosa, quase de análise romanesca que, pela força do cinema, ganha contornos maiores, nomeadamente, por poder carregar nesse desaparecimento, do qual o cinema a salva, a nossa própria memória e existência.»
Declaração do Júri:
«Pelo trabalho de montagem e desenho de som, a partir do rico material etnográfico do antropológico Luis Diego Cuscoy e de como, à maneira de uma investigação arqueológica, o cinema lança um olhar critico sobre os processos de elaboração dos relatos históricos.»
Declaração do Júri:
Declaração do Júri:
«O dinamismo impresso pela montagem, na gestão que faz do material de arquivo, sublinha a importância de revermos o nosso lugar de pertença à luz da herança coletiva. Dialogando com o texto de Natalia Ginzburg e, segundo nós, apoiando-se nas reflexão da Laura Mulvey, Prazer Visual e Cinema Narrativo, reescreve a definição do ideário familiar enquanto instituição para o reforço da identidade nacionalista no século XX italiano.»