Nuria Giménez nasceu em Barcelona, em 1976. Estudou Jornalismo, Relações Internacionais e Realização para Cinema Documental. Viveu em Berlim, Paris e Londres, enquanto fazia diferentes tipos de trabalho, a maioria não relacionada entre si nem com o cinema. Na última década, aprofundou o seu conhecimento graças a seminários e masterclasses de vários realizadores que admira, como Isaki Lacuesta, Andrés Duque, Virginia García del Pino, Sergei Dvortsevoy, Patricio Guzmán, Wang Bing, Mark Isaacs, Stephen Frears or Frederick Wiseman. A sua primeira curta-metragem, Kafeneio, foi apresentada no DocumentaMadrid 2017 e MIDBO 2017. My Mexican Bretzel é a sua primeira longa-metragem.
20 OUT / OCT - 15H00 - PASSOS MANUEL - 45’
Esta Masterclass faz uma incursão no filme etnográfico e no documentário, abrindo perspetivas para a sua realização e discutindo temas práticos e teóricos: estilos cinematográficos, linguagem e ética. A partir do visionamento e da análise de excertos de filmes vou falar do meu caminho como realizadora. Primeiro, o confronto com o terreno e a forma como pensei os projetos nos primeiros filmes que realizei: Regresso à Terra (1992) e Senhora Aparecida (1994). A ideia é entrar um pouco nas discussões acerca das opções de linguagem, da ética e da técnica. Importante, ainda, será referir o trabalho de pesquisa e documentação, a necessidade de sair do mundo que se conhece. Falarei ainda da rodagem, entre o improviso e a encenação, em especial no trabalho de realização de etnografias visuais em projetos museológicos e de pesquisa antropológica com discussão de excertos de A Seda é um Mistério (2001) e Casas para o Povo (2010). Será ainda abordada a construção da dramaturgia e as narrativas locais, a ambiguidade e conflito em especial no filme O Arquitecto e a Cidade Velha (2004). Por fim, a poética e autoria, lançando um debate acerca da ideia de uma intimidade que só se consegue com uma certa imaginação etnográfica...
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO:
20 OUT / OCT - 15H50 - PASSOS MANUEL - 73’
2019 | SPAIN | DOC | 73’
As mentiras são apenas outra forma de contar a verdade. O desejo de acreditar está na mão daquele que está à beira do precipício, agarrado à única pedra que o pode talvez salvar. Porém, acaba sempre por cair, pois a pedra é uma miragem, assim como o precipício. A morte desperta neste sonho, em que o essencial pode ser dito e no qual o contínuo e o infinito tem um princípio, um fim e um significado.