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CICLO: CLÁUDIA VAREJÃO

14, 18, 19 OUT | CINEMA TRINDADE | PASSOS MANUEL

CLÁUDIA VAREJÃO

ARTISTA CONVIDADA

Cláudia Varejão nasceu no Porto e estudou realização no Programa de Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian com a German Film und Fernsehakademie Berlin e na Academia Internacional de Cinema de São Paulo. Estudou ainda fotografia no AR.CO Centro de Arte e Comunicação Visual em Lisboa. É autora da triologia de curtas-metragens Fim-de-semana, Um dia Frio e Luz da Manhã. Ama-San, retrato de mergulhadoras japonesas, foi a sua estreia nas longas metragens, recebendo dezenas de prémios em todo o mundo, seguindo-se No Escuro Do Cinema Descalço Os Sapatos, filme que acompanha a intimidade de um grupo de bailarinos da Companhia Nacional de Bailado. Amor Fati é o seu mais recente filme com estreia prevista para 2020 e Lobo e Cão, em fase de preparação, devolverá novamente o seu olhar à ficção. Os seus filmes têm sido selecionados e premiados pelos mais prestigiados festivais de cinema, passando por Locarno, Roterdão, Visions du Reel, Cinema du Reel, Karlovy Vary, Art of the real - Lincoln Center, entre muitos outros. A par do seu trabalho como realizadora desenvolve um percurso como fotógrafa e é professora convidada no AR.CO. O seu trabalho, tanto no cinema como na fotografia, documentário ou ficção, vive da estreita proximidade com os seus retratados.

AMA-SAN

2016 | Portugal, Suíça, Japão | DOC | 112’

14 Out | 21h30 | Cinema Trindade (Sessão de Abertura)

Um mergulho, a luz do sol do meio-dia atravessa a água a pique. O ar que está nos seus pulmões terá que chegar até que se consiga arrancar o haliote. Estes mergulhos são dados no Japão há mais de 2000 anos pelas Ama-San.

ENCONTRO / CONVERSA

18 Out | 18h30 | Passos Manuel

Moderada por Nelson Araújo, diretor da licenciatura de Cinema e Audiovisual na Escola Superior Artística do Porto. É investigador no Centro de Estudos Arnaldo Araújo, vice-presidente da Associação dos Investigadores da Imagem em Movimento e integra a comissão organizadora do Encontro Internacional O Cinema e as outras Artes.

NO ESCURO DO CINEMA DESCALÇO OS SAPATOS 

2016 | Portugal | DOC | 104’

18 Out | 21h30 | Passos Manuel (Cerimónia de Entrega de Prémios)

A Companhia Nacional de Bailado de Portugal comemora quatro décadas de existência. Na sua génese está a interpretação dos grandes clássicos e o acolhimento permanente de criações contemporâneas. O quotidiano é rigoroso para bailarinos, coreógrafos, músicos, ensaiadores, costureiras, técnicos de luz, som e toda uma vasta equipa que permite que a dança percorra as salas de ensaio e se alongue pelos corredores até chegar ao palco. Este filme acompanha não só as criações e estreias da companhia mas, sobretudo, o trabalho silencioso e estrutural de cada bailarino.

CURTAS-METRAGENS 

19 Out | 17h00 | Passos Manuel

FIM-DE-SEMANA 

2007 | Portugal | FIC | 9’

Uma casa de campo. Um fim-de-semana. Uma família. O tempo passa. O silêncio prevalece. “Mas escuta a respiração do espaço, a mensagem incessante que é feita de silêncio”, R. M. Rilke.

UM DIA FRIO 

2009 | Portugal | FIC | 27’

Um Dia Frio é um retrato de uma relação primeira, anterior ao mundo externo, a da família. Num Inverno em Lisboa, pai, mãe, filho e filha, traçam o percurso de um dia, a sós. Um filme que se desenvolve em torno de personagens cujo antagonista não é mais do que a própria vida, com nada (e tudo) de heróico.

LUZ DA MANHà

2012 | Portugal | FIC | 18’

Luz da Manhã fecha um círculo de três curtas-metragens de Cláudia Varejão sobre o (des)encontro em família. Onde nem sempre os caminhos coincidem e as ruturas inesperadas não são necessariamente resultado de uma falha. O quotidiano oculta forças maiores e silenciosas. E o seu entendimento apresenta-se muitas vezes como uma tarefa demasiado violenta ou até, inútil. Seja qual for o olhar que se permite viver, a transcendência das relações humanas estará sempre lá, frontal, inabalável e bruta. Luz da Manhã aproxima-se da distância entre três gerações, mãe, filha e neta. Num denso rio que as une, sem motivo aparente para além da exaustão, uma fenda emerge.