BLACK AND WHITE TRYPPS NUMBER TWO
BEN RUSSELL
“Ben Russell continua com o seu impulso inicial para a série, a exploração do ‘psicadelismo naturalmente derivado’, com esta fantasmagoria cadenciada de imagens negativas e espaço negativo. As gavinhas das árvores brancas e afiadas tornam-se artérias ósseas contra o vazio negro do céu. A espinha espiralada de uma árvore maciça colide com um movimento panorâmico de um galho entrelaçado em dois através de um efeito de espelho. A representação transformase em abstração à medida que o filme se torna um estudo de densidade e simetria aterradora na floresta da visão. No fim, o arbóreo é deixado para trás enquanto a película se torna numa boca vertiginosa e envolvente.” -Chris Stults, Viennale 2009
Ben Russell (1976) é um artista, cineasta e curador americano cujo trabalho se situa na interseção entre etnografia e psicadelismo. Os seus filmes e instalações dialogam diretamente com a história da imagem documental, oferecendo uma investigação temporal sobre o transe como fenómeno. Russell foi um dos artistas expositores na documenta 14 (2017) e o seu trabalho foi apresentado no Centre Georges Pompidou, no Museum of Modern Art, na Tate Modern, no Museum of Modern Art Chicago, no Festival de Cinema de Veneza e na Berlinale, entre outros. Recebeu a Bolsa Guggenheim (2008), de um Prémio Internacional da Crítica FIPRESCI (IFFR 2010, Gijón 2017), estreou a sua segunda e terceira longa-metragens no Festival de Cinema de Locarno (2013, 2017) e venceu o Grande Prémio Encounters no Festival de Cinema de Berlim (2024). Os projetos curatoriais incluem Magic Lantern (Providence, EUA, 2005-2007), BEN RUSSELL (Chicago, EUA, 2009-2011), Hallucinations (Atenas, Grécia, 2017) e Double Vision (Marselha, França, 2024). Atualmente, reside em Marselha, França.