O ser humano é uma criatura que imita. Já em criança imitamos tudo e mais alguma coisa. Trata-se simplesmente de uma parte do nosso processo de aprendizagem para nos adaptarmos e comunicarmos. Mas o que significa isto para nós numa altura em que grande parte da nossa experiência advém da comunicação em massa? Na minha masterclass, vou abordar o impacto da imagem em movimento no nosso comportamento. Vou falar e dar alguns exemplos de como as consequências são cada vez mais claras.

biografia

Ruben Östlund nasceu em 1974 em Styrsö, uma pequena ilha na Costa Oeste da Suécia. Estudou Design Gráfico antes de se matricular na Universidade de Gotemburgo, onde conheceu Erik Hemmendorff, com quem mais tarde fundou a Plattform Produktion. Esquiador ávido, Östlund realizou três filmes sobre esqui, marcados pelo seu gosto por longas sequências, um gosto que estruturou e desenvolveu ao longo dos seus estudos cinematográficos e que, até hoje, continua a marcar as suas obras. Östlund tornou-se conhecido pelo seu retrato humorístico e preciso do comportamento social humano, bem como pelo uso de Photoshop e outras formas de software de processamento de imagens. A estreia de The Guitar Mongoloid arrecadou o Prémio FIPRESCI em Moscovo, em 2005. A sua segunda longa-metragem, Involuntary, produzida pelo cofundador da Plattform Produktion, Erik Hemmendorff, estreou em Cannes na secção Un Certain Regard 2008. O filme foi distribuído em mais de 20 países e exibido em inúmeros festivais, concedendo a Östlund o reconhecimento internacional. Dois anos depois, ganhou o Urso de Ouro em Berlim com Incident by a Bank, uma curta-metragem na qual cada movimento de câmara foi criado no computador, na pós-produção. A estreia da sua terceira longa-metragem Play (2011) deu-se em Cannes, na Director’s Fortnight , onde recebeu o prémio Coup de Coeur. Depois de Cannes, o filme foi exibido em Veneza e Toronto, e em inúmeros outros festivais, onde recebeu prémios e distinções. Play foi ainda indicado para o prestigioso prémio LUX do Parlamento Europeu e ganhou o Prémio Nórdico, a maior distinção na Escandinávia. A sua quarta longa-metragem, Force Majeure, estreou na Un Certain Regard em Cannes, onde foi galardoada com o Prémio do Júri. O filme foi selecionado para vários festivais e ganhou 16 prémios de Melhor Filme Estrangeiro. Force Majeure foi também foi indicado ao Globo de Ouro e nomeado para um Óscar. O filme foi distribuído em mais de 70 países. The Square foi o quarto dos filmes de Östlund com estreia em Cannes e a sua primeira longa-metragem a ser selecionada na Seleção Oficial. Ganhou a Palma de Ouro em 2017 e recebeu a nomeação do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2018. O seu mais recente filme Triangle of Sadness estreou este ano no Festival de Cannes.

voltar