ZUMIRIKI
OSKAR ALEGRIA
É possível viajar duas vezes rumo à mesma memória? O cineasta construiu uma cabana numa margem isolada do rio, em frente à ilha de infância, que desapareceu imersa na água após a construção de uma barragem. O objetivo era voltar àquele lugar que se tornara invisível. Apenas as árvores da ilha onde ele tocara permaneciam firmes no meio da água, como os mastros de um barco de brinquedo partido. O ar era o único espaço que restava, o único vestígio do passado a ser conquistado. Este filme é um diário de um náufrago nas memórias: quatro meses de uma experiência de Walden num paraíso perdido com duas galinhas, uma pequena horta e um relógio que para sempre às 11h36 e 23 segundos.
Diretor artístico do Punto de Vista International Film Festival entre 2013 e 2016 em Pamplona-Navarra. O seu primeiro filme, Emak Bakia Baita (a busca pela casa na costa basca onde Man Ray filmou o seu filme Emak Bakia) foi exibido nos festivais BAFICI, Edimburgh, Telluride, San Sebastián, Shangài, Yamagata, Yamagata, DocLisboa, San Francisco e Denver; traduzido para 16 idiomas e ganhou 17 prémios.