14 a 19 OUT | 14H00 - 00H00 | CINEMA TRINDADE
Conceito e Vídeo-Instalação de Hugo Mesquita
Quatro filmes selecionados pela sua particular plasticidade visual e sonora, que convidou irresistivelmente a uma reinterpretação do seu modo de exibição. O resultado é um conjunto de video-instalações onde se propõe uma convivência entre os filmes e os meios cenográficos que lhes servem de suporte.
2018 | EUA | EXP | 4’
de Alex Faoro
A água corre debaixo de uma ponte
Uma igreja surge no alto
Um casal filma-se um ao outro na costa
Caminhando num mar de decadência cinematográfica caótica
Super 8mm Kodachrome, filmado pelos meus pais em 1985, e enterrado por mim no final do verão de 2018.
2019 | EUA | EXP | 3’
de Alex Faoro e Helena Deda
A minha esposa Helena tinha cinco anos quando a Guerra do Kosovo começou em fevereiro de 1998. Ela e a sua família foram obrigadas a fugir das suas casas enquanto os soldados sérvios varriam os espaços rurais, massacrando os albaneses e destruindo as suas terras. Ditët e Luftës é uma reflexão sobre essas experiências de guerra e deslocamento.
Alex Faoro (bio)
Alex Faoro é professor em Brooklyn, programador e criador de imagens em movimento. Os seus filmes e vídeos utilizam 8mm e abordam sobretudo o conceito de casa, memória e decadência. O seu trabalho tem sido exibido internacionalmente em festivais, galerias e pequenos cinemas, incluindo Anthology Film Archives, Spectacle Theatre, CineAutopsia: Bogotá Experimental Film Festival, Istanbul International Experimental Film Festival, Detour Gallery (ISFF), FEDAXV, London Experimental Film Festival, Unexposed Microcinema e o Family Film Project. Para além de exibir o seu próprio trabalho, Alex gere e programa uma pequena sal de cinema - Al's Cinematheque - na qual exibe uma variedade de filmes de vanguarda.
Helena Deda (bio)
Helena Deda é escritora e fotógrafa da República do Kosovo. A inspiração para o seu trabalho advém de sua experiência durante e depois da Guerra do Kosovo. Os poemas de Helena foram publicados por um conjunto de pequenas editoras, incluindo a Flatbush Review e a Film Motes. Também organiza leituras de poesia em galerias e livrarias na cidade de Nova Iorque.
2019 | Itália | DOC/EXP | 25’
de Guglielmo Trupia
Uma família que perdeu a sua identidade sonha em aproveitar as memórias de outra família... Mas quem está a sonhar com quem?
Guglielmo Trupia (bio)
Guglielmo Trupia (1986) estudou realização de documentário na Civica Scuola de Cinema Luchino Visconti em Milão. Trabalha como cineasta e editor no coletivo ENECE, onde realizou o premiado filme de poesia Sottoripa (Raindance, Indielisboa, Encontros, 2013) e Antropia (Mostra Internazionale del Cinema di Pesaro, 2018). Como editor, trabalhou em L'albero di Trasmissione do artista Fabrizio Bellomo (2014, 55 Festival dei Popoli); UPM - Unidade de Produção Musicale (2015, festival Biografilm); Curzio e Marzio (2015), de Luca Ferri; Yvonnes por Tommaso Perfetti, (vencedor do prémio do Júri no Visions du Rèel em 2017), Malo Tempo (por Tommaso Perfetti, vencedor da semana da crítica de Veneza), Frase D'arme (por Federico di Corato, 71 Locarno Festival) e The Human Tools (2019, fondazione Pistoletto, città dell'arte).
2017 | Canadá | DOC/EXP | 26’
de Rita Tse
New Woman é uma viagem de reflexão que investiga o perfil da "New Woman" no cinema mudo chinês. Através da utilização de filmes de arquivo com intertítulos também derivados dos filmes mudos chineses, o filme explora as perspetivas patriarcais na representação das mulheres no cinema mudo chinês e desconstrói as suas aparências para revelar o impressionante talento e perspetiva da “New Woman”, os quais foram amplamente ignorados e esquecidos. O filme apresenta quatro seções temáticas, Virtude, Mulher Modeng, Pés Aprisionados e Nova Mulher. O material de cada secção foi retrabalhado de maneira diferente usando técnicas relevantes de processamento e manipulação manual, incluindo tonificação, reticulação, solarização, impressão de contacto e processamento com café.
Rita Tse (bio)
Rita Tse, nascida e criada em Hong Kong, iniciou a sua carreira em design gráfico. Obteve um BFA em Cinema e Art & Culture Studies na Simon Fraser University em Vancouver. O seu filme de conclusão de curso, EastBound (2004), foi selecionado para vários festivais de cinema e recebeu o Prémio Norman McLaren oferecido pelo National Film Board of Canada. Depois de ter trabalhado durate alguns anos em diferentes posições no Festival Internacional de Cinema de Hong Kong, concluiu recentemente o seu Mestrado em Produção de Cinema na York University em Toronto.
Hugo Mesquita trabalha na criação de sistemas audiovisuais interativos utilizando diversos meios digitais para instalação interactiva e performance multimédia onde explora as relações entre o corpo, tecnologia e novos mídia. Licenciado em Tecnologias da Comunicação Multimédia na ESMAE e Mestre em Multimédia pela Universidade do Porto, integra atualmente o Programa Doutoral em Media Digitais da UP/Austin onde se foca na pesquisa da colaboração criativa entre artistas e inteligência artificial. Realizou diversos projetos de cenografia digital interativa e videomapping para ópera dos quais se podem destacar as óperas multimédia As Sete Mulheres de Jeremias Epicentro no Teatro do Campo Alegre (2017) distinguida com o 3.º Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves e o prémio BfK Awards*, Ninguém e Todo-o-Mundo no Teatro Helena Sá e Costa (2018) e Simplex no Teatro do Campo Alegre (2019). Durante o seu percurso também produziu trabalhos na área da instalação com destaque para a instalação multimédia interativa Super Bock Creative Experience em Serralves em Festa (2014), a instalação interativa 7YRS nos Maus Hábitos (2016), a instalação interactiva lumínica Ng no Semibreve (2016) e a instalação laser LUiZ (2016), na ponte D. Luíz I aquando a celebração dos 20 anos da elevação da cidade do Porto a património mundial. Também desenvolveu aplicações multimédia e jogos digitais obtendo distinções como o Prémio Multimédia XXI - Menção honrosa (APMP 2003), Special Mention for "Mobile Program” (FIAMP 2009) e Bronze Web’Art Special Prize (FIAMP 2012). Além das incursões nas media artes ensina matérias de programação criativa, sistemas digitais interativos e computação física na Escola Superior de Media Artes e Design e Universidade do Porto.