A MIÑA TERRA
SANTIAGO D. RISCO
A família do realizador herdou alguns lotes de terra. Mas há um problema: ninguém sabe onde se encontra a maioria deles. São absurdamente pequenos e estão espalhados pela montanha. Juntamente com o pai, o realizador organiza uma busca. Uma busca para encontrar estas terras e para perceber se, ao juntá-las a outras, como as do primo Lalo, conseguem criar algum valor. O primo ajuda-os na busca, ele que vive perto das propriedades. Porém, as linhas marcadas no mapa desvanecem quando procuram o limite na terra. Desaparecem. O que encontram, na verdade, são cicatrizes de um modo de vida e de uma sociedade nos últimos instantes. A herança perde a sua razão de ser. Podia ser uma última chance para a mudança, mas torna-se no último vestígio antes do esquecimento.
Santiago D. Risco é um realizador da Galiza, Espanha. Estudou Realização para Cinema Documental em Barcelona, onde vive desde então. Participou em projetos de Victor Kossakovsky, Pere Portabella e Marcel Lozinsky. Em 2014, corealizou Playing Somewhere Over the Rainbow com Raúl M. Candela que estreou no Visions du Réel, na Suiça, e foi selecionado para festivais como o NeMaf na Coreia do Sul ou o Curta Cinema, no Brasil. Em 2016, realizou o seu segundo documentário curto, Vai Chover, que estreou a nível internacional no MIDBO, na Colômbia. Mais tarde, trabalhou em Goodbye Ringo, de Pere Marzo. Integra o coletivo de cinema analógico Laboratorio Reversible desde 2016. Nesse âmbito, fez parte da equipa que realizou a curta-metragem experimental Vecines, que estreou no festival de cinema Alternativa, em Barcelona, 2018. Atualmente trabalha nos Médecins Sans Frontiéres no departamento de comunicação.